Exemplos retirados do site da Zara, que provam que no mercado de moda de massa, a variante é usada para atender o gosto de diferentes públicos, acentuando as tendências mais efêmeras.
Profissionais de moda mais inexperientes costumam pensar que a cor ideal das estampas é aquela que lembre a cor da moda que, muitas vezes, é a grande novidade da coleção. E isso realmente pode ser um grande engano, uma vez que é sabido que as pessoas têm medo de ousar na estamparia têxtil, principalmente porque não querem que suas roupas fiquem muito datadas ou chamem muito a atenção. Por isso, usar pelo menos uma dessas quatro estratégias de combinação cromática para colorir suas estampas, pode garantir sucesso e longevidade para as estampas e suas combinações. Na hora de criar variantes de cores ...
1. Entenda qual o papel delas na sua coleção, e esse papel, deve ser de negócios: como as variantes te ajudam a vender mais.
2. Defina em qual posição as variantes + estampas te colocam: a marca é inovadora ou seguidora.
3. Estabeleça uma meta quantitativa para as cores das estampas: quanto tempo elas vão permanecer na coleção e qual é o objetivo em volume de vendas por cor.
Com esses parâmetros em mente, entenda que o jeito de organizar as cores para um determinado mercado, funcionará para o seu, pois as estampas, assim como os modelos, são indícios de posicionamento das marcas. Atenção então aos seguintes conselhos: Primeiro:
Cor tendência: será que vale a pena investir em cores da temporada, que envelhecem rápido?
Se sua marca não tiver poder de vender muito e muito rápido, talvez seja um grande engano investir muito “no que está na moda” e que perde o valor antes do fim da estação. A cor tendência, então, deve ser usada com muito cuidado.
Segundo: Mais do mesmo: você sabe analisar quando as propostas das variantes realmente resultam em produtos diferentes?
Se você criar variantes que mudam apenas o fundo ou apenas uma cor de detalhe para “combinar” com outra coisa qualquer, pode ser que esteja fazendo mais do mesmo. Isso pode confundir o consumidor e com certeza não aumentará as vendas. Variar para combinar, pode custar caro ao negócio.
Terceiro: Mais é demais: muitas variantes não servem para muita coisa, apenas para concorrer umas com as outras.
Uma prática comum da roupa sem identidade é criar muitas variantes e repeti-las em diferentes estampas, o que dá muito trabalho de produção, controle e vendas. Inúmeras combinações não farão sua estampa vender mais.
Quarto: Cor é mensagem: A cor tem uma intenção, por isso não pode ser qualquer cor, a variedade pela variedade.
E se isso não for considerado na hora de criar as variantes, elas não farão parte da coleção. O objetivo é propor cores que, assim como as estampas, identifiquem a marca.
Como criar variantes para a estamparia têxtil
As variantes são uma prática comum da indústria da moda, que tem diferentes objetivos, como atender ao gosto particulares de cada cliente, de fazer a conexão entre diferentes blocos de uma coleção de moda, de maximizar o investimento realizado na criação da estampa, de se adaptar a linguagens ou a estações ou, finalmente, de testar o resultado de produtos comerciais. Mas apesar de, aparentemente, parecer uma atividade livre e apenas movida pela criatividade ou experimentação, a criação de variantes deve ser estratégica, porque precisa considerar os seus objetivos. Nosso próximo FashionLab mostrará alguns princípios para atender a esses desafios e uma metodologia bem eficiente para criar variantes que realmente mudem a percepção que o cliente tem da estampa ou produto apresentado.
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